Alguns questionamentos: Uso de tecnologias no Ensino de Cálculo
Segundo D'Ambrósio (1986) o aparecimento das calculadoras e do Cálculo Diferencial e Integral são duas invenções tecnológicas que caminharam paralelamente. Pois desde a teorização do Cálculo por Newton as exigências para estruturação da teoria mostrava-se um forte malabarismos e manipulações de cálculos numéricos, por causa quantidade de cálculos que comprometia esforço mental e tempo. Daí a preocupação de inúmeros matemáticos, físicos, entre outros estudiosos em facilitar o processo de calcular naquele tempo. E hoje essas máquinas (smartphone, tablete, notebooks) evoluíram e colaboram em quase todas as atividades presentes na vida diária do homem, e o homem cada vez mais dependem desses objetos para dar desenvolvimento as suas atividades e se comunicar com o mundo, não sabemos até que certo ponto essa “Revolução Tecnológica” (CASTELLS, 1999) podem chegar mediante a essas máquinas, mas como pesquisadores, devemos observar que esses artefatos estão revolucionando todas as áreas do homem e agora além de oferecer meios de comunicar e de se informar, chegasse à arte dessas máquinas resolverem operações matemáticas desde a mais simples até mais complexas detalhando todo o processo operacional.
Temos presenciado uma geração de estudantes superficiais ao conhecimento, vivendo uma filosofia que não se precise saber profundamente tal assunto, memorizar, e realmente aprender e entender. Os estudantes já não questionam por que ocorre isso? Por que é assim? Mas questionam, por que fazer esse tanto de coisa? Pra que memorizar tal assunto? No conjunto de práticas sociais desses estudantes toda informação está a poucos metros e segundos através destes objetos tecnológicos móveis (smartphones, tabletes e notebooks).
Então nos perguntamos sobre ensino na matemática, mas especificando esses fatos ao ensino e aprendizagem do Cálculo, qual objetivo um estudante tem em resolver exercícios do tipo calcule a mão? Ou até de aplicações onde o estudante tenha que problematizar a contextualização para linguagem matemática e após modelar a situação proposta calcular um limite, uma derivada ou uma integral da forma a mão? Este estudante realmente irá procurar resolve-lá da forma de lápis e papel ou utilizará um desses instrumentos? Já que este instrumento possa ser considerado um complemento das suas atividades diárias. Aonde iremos chegar com essa nova técnica, seremos radicais proibindo seu uso? Dizendo, o estudante pode utilizar para fazer as listas de exercícios e copiar os procedimentos, mas na prova ele não poderá utilizar tal recurso.
Além disso, devemos compreender quais benefícios esses instrumentos podem oferecer e também atrapalhar o ensino e aprendizagem? São muitos viés que podemos colocar em xeque, tanto a favor e contra aprendizagem, mas devemos entender que esses recursos estão aí e talvez e possam estar sendo utilizados por vários estudantes. Estes conjuntos de detalhes revelam se a conexão lógica e real entre as duas espécies de seres, o autômato fabricado e o homem. (PINTO, 2005, v. 2).
Referências
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede - A Era da Informação: economia, sociedade e cultura, volume 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
D’ AMBROSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre a educação e matemática. 2. ed. Universidade Estadual de Campinas, 1986. 115 p.
PINTO, A. V. O Conceito de Tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005, v. 1 e 2.
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